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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

To me achando... coitada da Patricia Poeta

A escrita, assim como a leitura, me proporciona imenso prazer, só entendido por aqueles que têm o mesmo gosto. Nem sei se escrevo bem, mas sempre gostei de escrever. Ainda menina, passava horas entre livros e cadernos, sempre com uma nova idéia para colocar no papel. Eram versos, crônicas, pensamentos. Até na música já me aventurei (um dia criarei coragem para postar a letra).
Na infância e adolescência testei todos os meus talentos: joguei vôlei, fiz atletismo, participei de coral (na minha época - “orfeão”), fiz teatro, cantei, dancei e fui a oradora oficial do colégio por longos anos. Mas nenhum dos meus “talentos” me alegrava mais que escrever. E foi esse gosto pela leitura e pela escrita que me fez enveredar pelos caminhos do Direito e abraçar minha profissão.
Equivocadamente, interpretei como vocação para as ciências jurídicas, o gosto pelas obras da “Rainha do Crime”, Agatha Christie, e o interesse pelas páginas policiais. Não entendi que esses sinais poderiam estar indicando o caminho oposto, e que minha vocação, talvez, fosse o jornalismo.
Não menosprezo minha profissão de forma alguma (afinal, não lhe falta “glamour”), mas não posso deixar de pensar que teria sido mais feliz escrevendo sobre o cotidiano, sobre as pessoas e o mundo em que vivemos.
Meu problema com as peças jurídicas é que não tem cores, são sóbrias demais e contrastam gritantemente com os matizes da minha alma aventureira; são tão formais que destoam da alegria inquieta da minha mente.
Essa é a razão principal e a força motriz desse blog: resgatar o prazer de escrever para despertar sentimentos (mesmo os de raiva daqueles que detestarem ler meus posts).
Por fim, para que esse “papo” não se torne monótono, vamos colocar um pouco de acidez no assunto...
Esses dias, divagando sobre isso, olhei para os lados e ao avistar meus amigos de trabalho, não me contive e pensei alto:

P...q...p... (me expressei por extenso). E pensar que eu poderia estar no lugar da Patrícia Poeta, entre o Bial e o Zeca Camargo, e estou aqui, entre o Zélington e o Zonardo" (nomes fictícios, senão eles se revoltam porque não querem ficar famosos). Me responderam que também preferiam ter a Patrícia Poeta entre eles ... isso reforça minha teoria de que as sereias aposentadas não tem vez, rsrsrsrs.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Uma sereia... aposentada.


*a sereia foi retirada do meu caderno da 2a série (78)

Na minha juventude (ainda ontem), os atributos femininos não derivavam do pomar, mas do reino animal. As “boas” ou “boazudas” eram chamadas de gatas, tigresas, potrancas, peixões e... “SEREIAS”.


Sem falsa modéstia, fiz parte do time de sereias: 1,70m, 57 quilos. Sempre fui o que chamam de “falsa magra”. Tenho peito e bunda como toda brasileira.
E por que aposentada? Explico: não que eu esteja assim tão decadente, mas aos 3.9 já não tenho o corpinho de outrora. Além do mais, não se pode ignorar o princípio constitucional da beleza efêmera, de que “todas são iguais perante a lei... da gravidade! e que a sereia de ontem pode muito bem vir a ser a “baleia de amanhã”.
Como diz um amigo, no auge dos seus 26 anos, “que aposentada, que nada, você ainda dá um bom caldo”. Mas pergunte à mesma criatura (e a outros na idade dele), se namoraria uma sereia quarentona e, invariavelmente, a resposta será: “eu não, quem gosta de sopa é velho”.
Faça a mesma pergunta a um quarentão ou cinquentão, e ele, sem pestanejar, dirá preferir duas de 20, porque “quem gosta de antiguidade é museu”.
Daí o nome do blog:  “uma sereia... aposentada”.

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