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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A sereia ataca outra vez

Depois de tanto tempo sem lhes dar notícias, é claro que hora ou outra eu teria que aparecer por aqui para dizer que, de fato, ainda não me aposentei. Digamos que estou apenas afastada por motivo de saúde - mental!

O tempo só fez comprovar que, realmente, sofro de um grave problema de falta de noção, o famoso "totalmente sem noção".

Sei que corro sérios riscos profissionais, caso meus clientes potenciais tenham acesso as trapalhadas que faço e que ainda tenho o desplante de tornar públicas.

Mas, vamos lá, não consigo rir sozinha de mim mesma, e depois do facebook, só me resta "compartilhar".


Ontem fomos almoçar na Festa das Nações aqui da cidade (quem puder não deixe de conhecer - é uma das melhores da região e sempre acontece no mês de outubro, durante o feriado do dia 12), lépidos e faceiros, eu, mamis e meu filhote.
Acomodados em uma das barracas, morrendo de fome e esperando pelo rango, eis que vejo uma amiga muito querida e que não via há alguns meses, chegando. A alegria foi tamanha que a sereia anta ou anta sereia nem olhou direito para a moça (que por sinal é muito bonita e uma das pessoas mais doces que conheço e nem é diabética). Só enxerguei mesmo a estampa da roupa que ela usava, a qual achei super bonita. 

E aí, com a maior cara de pau, sem qualquer noção, disparei: 

"Como você está linda! E esse aventalzinho lindo, em qual barraca você está trabalhando? Adorei!"
Ela me responde: 
"Que avental? É uma saia". E isso com toda a educação e sem me mandar à merda ou para qualquer outro local, incerto e não sabido.

Moral da história: na próxima vez vou visualizar a pessoa por inteiro e perceber que ela estava toda de preto, com a saia curtinha e estampada por cima.

Pensam que acabou? Não. Agora a pouco aprontei outra.


Uma das minhas cachorras, a Paris, (esqueci de contar que depois que a Preta morreu, agora temos mais uma cachorrinha, a Luna), está tomando antibiótico e anti-inflamatório (já falei que não gosto da reforma ortográfica). Para que o remédio seja engolido, eu engano a pobrezinha e sempre coloco o medicamento no meio de um pedaço de pão ou outra coisa que ela goste.

Pois bem. Peguei os dois remédios e fui procurar algo onde camuflá-los. Fui até a cozinha, peguei o pão, tomei um copo d'água e... dá-lhe procurar os remédios que eu não sabia onde havia deixado. 

Achei!!! Eu tomei os dois.

O remédio foi ligar para o veterinário, uma vez que não consegui falar com uma certa médica amiga minha. Ainda bem que ele, como sempre, foi super simpático e amigo: 

"Willian, o que são os medicamentos que a Paris está tomando?

Um é antibiótico e o outro é anti-inflamatório.

E o que acontece se um humano tomar?

Daí pra frente a conversa acabou. Ele completou a minha próxima pergunta e, pelo que percebi, passou a rolar no chão de tanto rir:

Você tomou? hahahahahahahaha... Não se preocupe. Um não faz efeito em humanos e o outro é um anti-inflamatório usados em humanos, hahahahahaha.... Não acredito que você fez isso, hahahahahaha... Vou ligar pra minha irmã agora e contar essa, hahahaha... ela vai te ligar só pra te zuar, hahahahahaha.... Nem se preocupe com os efeitos colaterais, porque a única coisa que pode acontecer é você começar a latir. Qualquer coisa pede pra sua mãe me ligar e levar lá na clínica que eu te interno, hahahaha. Agora, problema mesmo vai ser se precisar tirar a temperatura, hahahahahahahahahahahaha"...

Acho que ele está rindo até agora porque a irmã ainda não me ligou.

Moral da história: pimenta no ânus alheio não arde! Ufa! Ainda bem que até agora não comecei a latir e minha temperatura continua a mesma.

É isso aí, beijo da Sereia.


 P.S. : Pipi, desculpa a distração de ontem. Você estava linda de verdade e eu adorei o seu aventalzinho!

P.S.2: Willian, agora entendi porque a clínica se chama Simpaticão. Simpatia de menino! Mas a clínica é ótima.





sábado, 13 de outubro de 2012

Apenas algumas divagações - Marla de Queiróz

Marla de Queiróz é uma poeta carioca, uma diva divina, uma pin up moderna. Seus escritos, seus poemas, traduzem expressamente os sentimentos de todas as mulheres, divas dos tempos modernos. 

Em um de seus blogs, o transFLORmar-la, encontrei esse texto que tem tudo a ver com meu momento, com meus pensamentos, com minhas eternas e incertas incertezas.

Com vocês, Marla de Queiróz:
"O corretor do word nunca aceita a minha construção de frases e tenta me convencer de que tenho uma maneira errada de dizer as coisas. Brigamos constantemente porque sei que ele não entende muito de licenças poéticas. Mas me incomoda o sublinhado embaixo de fases inteiras. Por que não posso escrever no contrafluxo dos sentimentos?

O corretor de imóveis nunca entende ou encontra o tamanho do lugar em que eu consigo caber. Eu não posso abandonar meus livros e abrir mão de acordar com a luz do dia. Eu só durmo em paz na minha cama box e preciso de um guarda-roupas grande. Por que não posso querer as coisas do tamanho que eu acho devam me acolher?

O corretor de confusões mentais leia-se terapeuta, nunca conseguiu me convencer de que eu precisava me desvencilhar do caos. É dentro dele que eu encontro força para me equilibrar. É dentro desta desorganização absoluta que eu consigo encontrar o ineditismo da criação. Por que não posso ser diagnosticada como autêntica, em vez de complicada?

O corretor de rasuras, “liquid paper”, nunca me pareceu útil. Gosto das palavras riscadas como um “ato falho”, o dito que não pretendia dizer nada... Por que não se pode desabotoar num texto aquilo que não se pretendia explícito?

Sempre achei que o papel da poesia era apenas desencadear emoções ou socorrê-las. Nunca corrigi-las. Mas fico relendo o que escrevi nas minhas narrativas e procurando equilíbrio no meu jorro de palavras. Como domar a escrita instintiva, intuitiva?

O moço que me amava e não era correspondido, dizia que tenho medo de amar. Expliquei que não era medo, mas desinteresse. Por que algumas pessoas não conseguem escutar exatamente o que foi dito pra tentar corrigir nossa recusa catando ilusões nas entrelinhas?

Por que essa tentativa de resgatar o que já nasceu desperdiçado"?

(texto publicado no blog transFLORmar-la, em 21/08/2012)

domingo, 7 de outubro de 2012

Sereia mania

Gente, estou me sentindo como o patinho feio quando encontra os cisnes: me senti em família. Reencontrei minhas raízes, ou melhor, minhas barbatanas, kkkkk. Quero uma cauda igual a da minha xará, Joseane e suas sobrinhas. Vejam a reportagem.


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