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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Oração da Sereia Aposentada pelo Dia Nacional de Ação de Graças


"Diante de ti, Deus, meu pai todo poderoso, eu vos dou graças por minha vida.

Te agradeço Senhor por todos os momentos em que me deste a oportunidade de sentir o calor do sol, as gotas da chuva, o orvalho da noite, o mar, o vento no rosto e a luz do luar.
Te agradeço meu Deus, bom e misericordioso, por ter me dado saúde, e até pela falta dela, pois foram nesses momentos que aprendi a me amar mais e mais.

Obrigada meu pai amoroso por todas as pessoas que foram colocadas em meu caminho. Obrigada sobretudo por meus amigos, a quem eu vos dou graças e peço que muitas graças lhes sejam concedidas.

Agradeço-te Senhor, meu Deus, pela família com que fui abençoada e que me deste a oportunidade de partilhar mais esta passagem terrena.

Obrigada por meu filho, luz e alegria de meu viver. Obrigada por meus amados pais e meus queridos irmãos. Obrigada pela alegria de compartilhar a vida com tios, primos, sobrinhos e todos aqueles escolhidos para fazer parte da minha vida e da vida dos meus. Que o seu manto sagrado possa cobrir-lhes de bençãos diariamente.

Obrigada Senhor por meu trabalho, por minha casa, pelos alimentos que não faltam em minha mesa.

Obrigada Deus pelos meus amores e desamores, e pelo amor da minha vida.

Querido e grandioso Deus, pai de amor, Deus de misericórdia e bondade, eu vos dou graças por tudo e todos ao meu redor e peço-lhe humildemente o seu perdão, pelos momentos em que, distraída, esqueci-me de agradecer pela vida cotidiana, pelos meus percalços e minhas vitórias.

De joelhos, a seus pés, eu te agradeço: Obrigada! Obrigada! Obrigada!

Também agradeço a vocês, meus pais, meus irmãos, meu filho e minhas sobrinhas, e a todos os meus amigos, sem distinção, por fazerem parte da minha vida, me acompanharem, torcerem pelas minhas lutas, vibrarem com as minhas conquistas e não me desampararem nas minhas derrotas. Amo muito a todos e a cada um".




"Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". (Tessalonicenses 5.18)


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mas que boca suja!

 
Esses dias minha mãe lembrou um fato que passo a vida tentando esquecer, pois faz parte de um daqueles momentos vergonhosos das nossas vidas em que gostaríamos, literalmente, que se abrisse um buraco aos nossos pés. Pois bem.

A época era lá pelos saudosos idos de 1977, quando eu, ainda uma pequena sereia de seus 07 anos, vivia perambulando, toda lépida e faceira, em meio às mesas e clientes do restaurante da família.

Entre as minhas idas e vindas, da cozinha para o salão, do salão para a cozinha, eis que me deparo com o garçon atarantado (Pedro, era esse o nome dele, e jamais esquecerei sua fisionomia, por associá-lo ao personagem "amigo da onça"). Continuando... eis que me deparo com o Pedro, atarantado entre tantos pedidos, tantos chamados, que mal vê e muito menos ouve, o toque da campainha avisando que mais um pedido estava pronto. 

Metida a irmã auxiliadora desde que nasci, intrometida como só, saio, toda saltitante, buscando o Pedro pelo salão lotado e gritando, para que ele realmente ouvisse, que a comida estava pronta esperando na "boceta". 

Demorei muito tempo para entender qual a razão do olhar faiscante do meu pai e da imediata saída de minha  mãe da cozinha, me pegando pelo braço e me dando uns safanões, perguntando onde foi que aprendi aquela barbaridade e que aquilo não se repetisse, porque eu apanharia, e nem deixou que eu me explicasse.

Barbaridade? Por que eu, uma pequena sereia já letrada, leitora assídua da Turma da Mônica, Vaca Voadora e Recruta Zero, não podia dizer que a comida estava na "boceta", quando todos no restaurante ficavam esperando que os pratos saíssem por aquele buraco, e rapidamente avisavam, "olha o pedido na "boceta". 

O episódio foi encerrado naquele dia, jurei pra mim mesma não repetir aquela palavra, mesmo quando visse um prato esfriando na "boceta" e pronto, ninguém mais tocou nesse assunto. Mas eu, passei dias acabrunhada, inconformada com o fato de ter passado vergonha na frente de todo o restaurante, só por ter tentado ajudar. Isso me marcou muito, sabem? Doeu, viu?

Fui aprender, anos mais tarde, já um pouco mais letrada, que o tal buraco onde se colocam os pedidos da cozinha para o restaurante chama-se "boqueta", o que nos idos de hoje, também é uma palavra pouco apropriada!

Observações:

1. Para aqueles que também desconheciam a palavra, está aí o significado, esclarecendo ainda, que aqueles que fazem esse serviço, colocar os pratos no tal local, são chamados boqueteiros.



Significado de Boqueta:

Abertura existente entre a cozinha e o restaurante pela qual os cozinheiros passam aos garçons os pratos que serão servidos aos clientes.

A "boqueta" e a boqueteira.
Exemplo do uso da palavra boqueta:
O prato servido estava frio porque o garçon demorou para pegá-lo na boqueta.

2.  E para quem não é daquele tempo e não conhece o "amigo da onça", olha a carinha da criatura. Lembro muito bem que em algum lugar no restaurante do meu pai, existia uma estatueta do amigo da onça, motivo pelo qual jamais me esqueci do Pedro, o garçon.

Vem dançar!

Boa noite, gente boa, povo lindo! E a chuva, resolveu dar o ar de sua graça. Chove torrencialmente no paraíso do verde. 

E a chuva chama, nos convida para dançar os embalos de mais um dia quente de verão. O vento, agora forte, já não sussurra, mas grita a plenos pulmões, nos convidando para a dança da chuva, sob o som inebriantes dos trovões e o espocar  dos relâmpagos que cortam o céu. 

A chuva, espetáculo de final de tarde, nos brinda com o convite para sermos felizes, porque o sol ainda está lá, assistindo a tudo e se preparando para entrar em cena, quando a esquete da chuva terminar.

Vem dançar!

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