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sexta-feira, 18 de junho de 2010

BRASIIIIIIIIIIIIIIL!

E começou mais uma copa, mais uma febre brasileira. Por menos que se goste ou se entenda de futebol, nesse momento somos todos técnicos e patriotas irrepreensíveis. E por menos que eu tenha gostado da atual seleção e tenha achado (sou expert no assunto, rsrsrsr) que o jogo foi "por dimais morninho e sem graça"... Ainda assim... VAMOS LÁ BRASIL!

sábado, 12 de junho de 2010

É SEREIA OU É MICO?


Depois de muito relutar, me convenceram a tomar a vacina da gripe H1N1. Explico: tenho sérios problemas com agulhas. Na verdade, tenho verdadeiro horror a elas e por isso fujo do assunto e de injeções e vacinas. Por isso, mesmo incluída no grupo de risco por causa do diabetes, fiquei bem quietinha  e não fui me vacinar.

Sabendo do meu medo, a Tia Zu, coordenadora da campanha de vacinação, disse que eu poderia ir até a sede da vigilância, primeiro porque ela mesmo aplicaria a vacina e, segundo, porque lá eles tem uma maca na sala de aplicação, para o caso de alguém passar mal.

Assim, como não dá prá esquecer a seriedade do assunto e nem da minha doença, depois de muita pressão me convenceram e hoje eu fui.

Prá não chorar sozinha, levei a vovó (que tava louca prá tomar a vacina da gripe dos véio) e resolvi dar a vacina no Faisca (que também é bundão como a mãe). Encorajada pelas palavras do "tiozão da sukita" (Tia, não dói, eu nem senti a picada, deixa de ser mole), confesso que não fiquei nervosa até chegar lá.

Vovó, toda corajosa, foi a primeira, enquanto eu e o Faisca (que não parava de choramingar) tentávamos tirar no par ou ímpar quem seria o próximo a ser picado.

Mesmo que capenga, ainda sou o tipo de mãe que acha que deve dar exemplo aos filhos, então... com as pernas bambas, respirei fundo, me acomodei numa cadeira e, sem olhar para os lados, deixei que a Tia Zu fizesse o serviço.

Não foi assim tão indolor, mas foi muito rápido e eu pude me levantar lépida e faceira, orgulhosa por não ter dado  vexame.

Ainda orgulhosa, estava pronta para pagar por todos os vexames que fiz meu pai passar durante toda a minha infância.

Nem a minha coragem recém adquirida convenceu meu filho de que aquilo ali era moleza. O pentelho deu um "piti", chorou, esperneou e não queria ser vacinado de jeito algum. Tentei ser doce, fiquei brava, segurei-o com força, ameacei chamar o guarda e tudo mais. Ufa! coitado do meu pai, eu era muito pior. Quando ele viu que a Tia Zu estava decidida a segurá-lo e pediu para chamar o seu João Camargo para ajudar, então ele preferiu ceder.

Me abraçou com força, escondeu a cabeça no meu peito, e ficou lá, aterrorizado, esperando. Foi rápido, coisa de segundos.

E foi ai, que a Sereia virou Mico.


Durante aqueles infindáveis segundos, minha mente sã viajou. Fiquei ansiosa, nervosa, tive frio, e, com pena do meu filho, sabendo o que ele estava sentindo, tive vontade de chorar. Mas não chorei... desmaiei.

Só tive tempo de avisar: estou passando mal e puf!, apaguei. Depois disso tive que ficar mais uns 30 minutos deitada na tal maca, me sentindo nauseada toda vez que tentava sentar. Vim prá casa deitada no banco de trás do carro, com a vovó dirigindo. E depois disso ainda passei mais uns 30 minutos deitada, enjoada.

O pior disso tudo, é saber que daqui a 21 dias, o Faisca terá que tomar a 2a dose. Acho que a Tia Zu vai pedir férias.

P.S.: dessa vez, a Tia Márcia se negou a me acompanhar. Disse que a sua cota de vexames tinha terminado. Ela estava comigo nas duas vezes em que o Faísca foi internado e eu desmaiei enquanto ele era atendido. E era ela quem estava comigo, quando, há mais de dez anos, eu precisei tomar a vacina da febre amarela. Pelo que percebi, foram momentos inesquecíveis, rsrsrs.


P.S.2:
A Organização Mundial da Saúde – OMS, recomenda a imunização de trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas, sendo que no Brasil a vacinação foi ampliada para outros três grupos, sendo crianças de 06 meses a menos de 2 anos de idade e adultos saudáveis de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos de idade.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

"FIDIDINHA"

Essa é do meu "tiozão da sukita". 

Dia desses, no restaurante em que diariamente almoçamos, teve doce de laranja kinkan (pequena laranja de origem chinesa ótima para ser consumida em conserva ou como geléia).

Entusiasmado com a sobremesa, o "tiozão" prometeu à dona do local que no dia seguinte lhe daria uma "sacolada" da tal laranjinha,que tinha de sobra no quintal do escritório.

Fiquei na minha, pensando ser brincadeira dele, afinal, ao menos na última década, não soube da existência de um pé de kinkan no tal quintal.

Enfim, quando imaginava encerrado o assunto, não é que no dia seguinte, ele desce do carro com um saquinho de mercado cheinho? Todo pimpão, lépido e faceiro, colocou a sacolinha no balcão e saiu todo satisfeito.

A cozinheira do restaurante foi chamada para pegar a "encomenda", abriu a sacola e fez uma cara esquisita, que eu logo pensei: 

Xiiii, tá tudo podre e bichada.

Nada. Educadamente a mulher disse que aquela era "fedidinha" e não servia para fazer doce, só para chupar e foi logo descascando uma.

Tratava-se, na verdade de uma variedade de mexirica silvestre, popularmente conhecida como "fedidinha", por conta do cheiro forte que exala.

Obviamente que meu "tiozão" ficou todo sem graça, mas...  cai na gargalhada e, claro, na alma do pobre coitado.

Prá quem ficou com água na boca, taí a receita do doce em calda e de uma caipirinha de kinkan (quem preferir, vai de fedidinha mesmo).

LÓGICO, ISSO É LÓGICA!

Durante uma das sessões noturnas de "tarefa escolar" em que a matéria era sobre versos, rimas e estrofes:

Pergunta da apostila: na estrofe acima, o que as palavras grifadas têm em comum? (no caso, as palavras eram calafrio e frio)

Resposta óbvia: formam uma rima.

Resposta lógica do Faísca: 
uma palavra é maior que a outra e elas tem o final igual.

Lógico, né? Calafrio é maior que frio e tem o mesmo final... só eu não percebi.

domingo, 6 de junho de 2010

RELIGIÃO OU ESPIRITUALIDADE?


Dizem que Religião e Futebol não se discute. Será? E quando os assuntos se misturam?

Você deve se lembrar do episódio envolvendo os jogadores do Santos que aconteceu na Páscoa. Os craques santistas fizeram uma visita a uma entidade chamada Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com paralisia cerebral. O objetivo era entregar ovos de Páscoa e passar algum tempo com as crianças. Mas, alguns dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusaram a entrar na entidade e ficaram dentro do ônibus do clube, sob a alegação de que são evangélicos e a entidade era espírita.

Li esse texto no blog Umbanda on line e decidi postá-lo porque ele resume exatamente tudo o que muitos pensam sobre o assunto. O pastor Ed René Kivitz, autor do texto, expressou brilhantemente e de forma lúcida, os perigos da intolerância religiosa. Palmas para ele!

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. Aliás, o mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada em ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e de cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar os favores de Deus, você está discutindo religião.
Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.
Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, para decidir se deve ou não entrar nela, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Javé, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna, os devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos que pensam e crêem de forma diferente, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os diferentes deixem de existir, pois se tornam iguais a nós, ou pelo extermínio puro e simples, como já aconteceu e ainda acontece ao longo da História, através de assassinatos em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com “d” minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e ação em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade que é comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da solidariedade, na busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero e, inclusive, religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa recheado de carinho, afeto e alegria para uma criança que sofre a tragédia e a miséria de uma paralisia mental”.

(Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca (SP), torcedor do Santos desde pequenino)

"Temos bastante religião para fazer-nos odiar uns aos outros,mas não o bastante para que nos amemos uns aos outros" (Jonathan Swift)
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