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domingo, 27 de dezembro de 2009

Sexo explícito

Continuo tentando escrever... depois da Yasmim, vem a Gorda, a fada do balacobaco:


-"Tia, baixa crepúsculo?
- Sua mãe não deixou, disse que depois você não dorme de medo e enche o saco.
- Mas é filme de medo?
- Eu não acho que seja, é um filme de amor. Mas sua mãe acha que pode ter cenas que vocês não podem ver".

Chega a Yara na conversa:

- "Tia, eu achei um filme que é imitação do crepúsculo, com outros atores.
- Impossível, Lala, imitação da história só pode ser filme pornográfico".


E volta a Gorda:

- "O que é filme pornográfico?

Respondo: 


- "Filme que tem cenas de sexo explícito.
- O que é isso?
- Isso o quê? Sexo explícito?
- Não, sexo eu sei o que é, eu não sei o que é explícito" !!!


Nem eu...

Sereia encalhada

A Yasmim, sempre engraçadinha, me viu escrevendo e disparou:
"É pro seu blog "sereia encalhada"?
Menos mal, seria pior se ela tivesse dito "baleia encalhada".

Niver da Bulita


Ontem, dia 26/12, a vovó, mais conhecida como BULITONA*, fez aniversário e a comemoração só poderia ser ao lado da patota. A tia Mo providenciou o bolo (sonho de valsa, huummm!) e o quarteto fantástico, formados pelas garotas superpoderosas (Yara, Yasmin e Yngrid) e pelo menino maluquinho (Dudu Faísca) comandou o Parabéns à Você, junto com os outros convidados: tio Gilson (o Ogro), tio Fernando (Cabeção), tia Eliane, os primos Dudu 10 e Nando e a tia Sereia. A festa tava boa e, pelo que me contaram, o bolo também. Agora é só esperar pelo próximo ano.


FELIZ ANIVERSÁRIO, MÃE! Beijo da sua filha Sereia.

*Bulitona - as crianças diminuiram o abuelita para bulita e depois virou bulitona.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sabonete milagroso

Semana passada ganhamos uma caixinha com um sabonete íntimo líquido e um pacote de absorventes, distribuido por um laboratório da cidade, fabricante dos tais produtos. A d. Sueli, do Setor de Cultura, passou entregando uma caixinha para cada um. Alguns homens também ganharam, para levar às suas esposas, mães ou namoradas. No meu setor, "cheio de engravatados esclarecidos", teve gente que confundiu absorvente com lencinho umidecido. Contudo, um funcionário da limpeza, conhecidissimo pelo seu amor incontrolável ao timão, saiu com essa:


"Seu C., leva esse pacotinho pra sua mulher.

E ele:
Ô D. Sueli, muito obrigado. Ela vai gostar. Mas só esse tantinho não dá pra lavar tudo não, porque ela vive descalça e o pé dela fica  bem sujo.

Tá bom, seu C. Leva que em casa ela lê o rótulo".

Acho que a D. Sueli preferiu não explicar que o "tantinho" rendia bem e o lencinho enxuga que é uma maravilha.

Pousada do Cachorro Quente - Aceito reservas



"Mãe, já resolvi tudo. Sabe o que eu vou ser quando crescer? Sabe?

Sei: um homem grande.

Não, mãe. Vou ser veterinário e a minha clínica vai ser bem mais chique que a do Fábio. Sabe por quê?

Não...

Vai ter até piscina, mãe...

??? Piscina pros cachorros nadarem?

É claro, né! Cachorro também é gente, eles querem nadar. E a gente pode nadar juntos.

Ah! Veterinário moderno.

É, e eu já tenho quatro amigos da classe para trabalhar comigo. Eles já me garantiram que vão.

Sei, eles serão empregados da sua clínica?

Não, né, mãe. Nós vamos trabalhar juntos.

Que bom, você já tem quatro sócios. 

É, e vai ser muito legal, mãe. Já imaginou todos nós dando banho nos cachorros, na piscina? Até trampolim vai ter".

Esse é o Faísca.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Natal no Paraíso do Verde


O som das músicas natalinas ecoa pelo ar, enchendo de alegria o coração de quem se dispôs a acompanhar a inauguração da iluminação de natal do Paraíso do Verde, neste domingo à noite.

Ao fundo, o presépio em tamanho natural é visitado por todos, mesmo por aqueles que, como eu,  já o conhecem de longa data.

Defronte o Paço Municipal, a Banda Sinfônica Municipal "Prof. Gunars Tiss" nos brinda com mais uma apresentação impecável. São os ares do Natal chegando em Nova Odessa. À frente dos festejos, D. Salime e  Sueli Welsh comandam a festa acompanhadas pela equipe da prefeitura.

A banda faz um pequeno intervalo e a nossa célebre e célere vice-prefeita acende as luzes da árvore de natal que iluminará a frente da prefeitura até o início do novo ano, lembrando aos novaodessenses que o espírito natalino está presente. 

O maestro Márcio dá o tom e a banda continua a nos enlevar. Pelo burburinho das crianças, percebe-se a expectativa  quanto a chegada do bom velhinho. De repente, abrem-se as portas do paço municipal, e, acenando sorridente, ele aparece. Agora quem rege a festa é ele, Papai Noel é o dono da batuta. Pais e filhos se enfileiram, aguardando a sua vez de ganhar um sorriso, balas, bolas, um aceno, um abraço, quem sabe. Os flashes espocam e pipocam pela noite, registrando as lembranças daquele instante tão doce, que permanece aquecendo os corações vida afora.

No interior do prédio, abre-se a exposição de presépios, a coleção do João Prata exposta, mostrando o nascimento de Jesus por artesãos de vários países.

O Dudu Faísca e seu amigo Gabriel ganharam balas e estão felizes com a bola amarela que receberam do bom velhinho.



Brincamos, sorrimos, e, mais alegres, voltamos para casa. Agora tá na hora de ir prá cama, porque a segundona tá aí, na porta, pronta para nos devolver à realidade.

Ainda bem que é época de Natal, assim, até a segundona parece mais leve, mais com cara de sexta.

Fuui...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009



Continuo na correria atrás do tempo que me falta prá tudo, inclusive para escrever. Então só passei prá registrar que minha Fada do Balacobaco saiu do hospital e já está se recuperando da dita pneumomia que a deixou de molho uma semana. Agora trata de cuidar dessa anemia, viu Gorda? Você precisa ficar forte para o Natal, caso contrário não conseguirá segurar os presentes.

Beijos da Tia Sereia prá Fada do Balacobaco, prá Morena Linda e prá Pequena Sereia Aposentada.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Com União e Justiça, há Conquista e Progresso

Hoje foi dia de eleição na OAB. Os eleitos, representam a classe pelo período de 03 anos. Nenhuma novidade, para os outros, não para nossa Subsecão, recém-nascida, recém-criada, mas há muito desejada e batizada como 236a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil - Nova Odessa-SP.

Para nós, advogados militantes na comarca, foi um dia marcante, afinal, nossa primeira eleição e a escolha livre e democrática do primeiro presidente, que pudemos escolher sem qualquer interferência externa. E isso foi muito, muito bom. Tem gostinho de vitória, independente de quem tenha sido o mais votado.

Concorreram duas chapas: Justiça e Progresso e União e Conquista, disputando a presidência José Pereira e Cátia Orasmo.









Como não costumo ficar em cima do muro e sempre dei minha cara a tapa, assumindo minhas escolhas, apoiei a chapa dos amigos José Pereira, Clóris e Eduardo. 

Não poderia ser de outra forma. Eu e o Zé estudamos juntos, ralamos juntos na faculdade e nos conhecemos há quase vinte anos. Conheço a Clóris desde que comecei a advogar em 97 e há dois anos dividimos o escritório em Nova Odessa. O Eduardo eu conheço há uns dez anos, e embora não tenha um contato mais estreito com a Cidinha e a Anelis, são pessoas por quem sempre tive simpatia. 

E isso nem de longe quer dizer que desmereço os colegas da outra chapa, até porque sempre estiveram envolvidos com a administração da OAB e porque tenho muito carinho pela Jane, que me prometeu lembrar dos "divogados diabéticos" e colocar petiscos diet na OAB.

Foi um dia diferente, com sabor de independência, e tudo transcorreu na mais perfeita ordem, com respeito, amizade e democracia. No final, logicamente, venceu quem obteve mais votos: Cátia 50 x José Pereira 45

Perder faz parte da disputa e assim deve ser para que alguém possa sair vencedor. Entretanto, perder com dignidade é muito mais elegante, principalmente quando se sabe que a disputa foi justa, limpa e aberta. Assim, ao final, todos ganhamos.

Parabéns meus amigos queridos Pereira, Eduardo, Clóris, Cidinha e Anelise. 
Parabéns  Cátia, Marlon, César, Dr. Solha e minha querida Jane (não esquece da sereia diabética, tá?).  

Ah! E tem mais uma coisa: quando digo que a disputa foi limpa, foi mesmo. 

 







 Ao final, todos unidos, limpamos a rua defronte o fórum, colocando no lixo todos os "santinhos" espalhados durante o dia. "Divogado é cidadão de bem, limpinho, limpinho".













domingo, 15 de novembro de 2009

Mais uma do Dudu Faisca

Eduardo para minha mãe:
"É vó. Agora eu entendi a sua vida... Como é duro  quando a gente tá querendo comer  e as pessoas ficam pedindo as coisas".

Tudo isso porque eu estava jantando e pedi ao meu filho, que já havia terminado, que me pegasse  um copo d'água pra que eu tomasse remédio.



Tempo, tempo, tempo...

Tô sumida, não! Tô estressada, só.
Final de ano é sempre a mesma coisa: trabalho, trabalho e mais trabalho. Resultado: falta tempo. Nas últimas semanas é o que tenho feito. Corro pra não perder a hora, corro pra não perder o prazo e corro  pra não perder o tempo. E esse, o tempo, não corre, voa e escoa pelos vãos dos meus pensamentos que também não têm tempo pra  ficar. É isso mesmo,  não tenho tido tempo nem pra pensar.




domingo, 1 de novembro de 2009

Fada do Balacobaco


Fadas são seres de luz que só aparecem para quem acredita nelas. São tímidas e tem um certo receio de se mostrar até terem certeza da intenção e sinceridade das pessoas. São belas e muito alegres. Dizem que as fadas gostam de festas, de músicas, de dançar e se divertir, e que adoram ganhar presentes.
Você acredita em fadas? Eu acredito: sou tia de uma delas: Yngrid, a Fada do Balacobaco, que hoje completa 08 anos.

A Fada Yngrid* é um ponto de luz iluminando as nossas vidas. É timida e desconfiada, mas quando se sente segura torna-se alegre e falante. Realmente é muito bela e alegre. Gosta de músicas e de dançar  e se diverte fazendo piadinhas e pregando peças nos outros, principalmente nas irmãs e nos primos. Festa, só se for exclusivamente prá ela, e, lógico, presentes não podem faltar. Tem aquela carinha de anjo (ou melhor, de fada) mas é do balacobaco: teimosa que só ela, rabugenta quando contrariada e cheia de manha. Eu adoro brigar com ela porque a fadinha não foge da raia.


Feliz aniversário, afilhada mágica. Deus te abençoe.
Beijo da Tia Sereia, sua fada madrinha.



*Yngrid ou Ingrid nome de origem nórdica, significa guerreira, amazona.

Observação: como hoje é o dia de todos os santos, não poderia deixar de fora o "santo" do meu cunhado Gilson, que também faz aniversário hoje e é o pai da fada do balacobaco.  Beijão,  "Cu", feliz aniversário.
A fada e o ogro


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pequena sereia aposentada


O reino das águas está em festa: é aniversário da princesa Yara*, pequena sereia aposentada.
Pelos corredores do castelo a movimentação é intensa: docinhos que vão e vem, bolo de 3 andares sendo preparado, guloseimas pra lá e pra cá. A rainha mãe anda "tonta" de tanto movimento (é labirintite, mesmo).
Não se fala em outra coisa pelas ruas do reino, todos querem participar dos festejos, afinal, há dez anos esta data é comemorada  por todos os súditos, que com alegria saúdam a princesinha.
E é claro que a tia Sereia Aposentada, não podia ficar de fora: até hoje, a cada ano que passa,  sente a mesma felicidade daquele 27/10/1999, quando a sua primeira princesa chegou ao mundo.


A princesa Yara, ou Lala, como é carinhosamente conhecida, é uma mocinha inteligente, amorosa, simpática e lindona (é praticamente uma cópia da Sereia Aposentada, numa versão, digamos, mais moderna e mais jovem).



Te amo Lala, beijo da Tia Sereia
Deus te abençoe sempre.



*A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.

         

sábado, 24 de outubro de 2009

Essa Yasmim...

Minha mãe perguntando para minhas sobrinhas se elas já sabiam o que era menstruação, vira a Yasmim - 08 anos:
- "Ela já explicou mais ou menos, mas eu nem quero saber desse assunto. Isso nem me interessa.
- Como não menina, todas as mulheres ficam menstruadas, você tem que aprender o que é.
- Eu não preciso, não vou menstruar mesmo.
- Como assim???
- Não vou menstruar, vou colocar DIU".       

Dudu, o sereio aposentado

Quase meia-noite, meu filho ainda no computador:
- "Du, desliga isso e venha dormir, é muito tarde.

- Já vou"...
Cinco minutos depois:

- "Desliga logo esse computador, senão quem vai desligar isso ai, sou eu. Venha dormir já".
E ele, nervosinho, me responde:
- "É sempre assim, eu nunca posso nada. Só você pode ficar aqui... Eu não posso ler isso nunca? Eu sou filho da sereia aposentada e não posso fazer nada aqui? É só você e a vovó que são aposentadas? É? É? Se eu sou seu filho, eu também sou aposentado e tenho direito"...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu adoro um Tiozão da Sukita*

Não gosto de tipos sarados nem muito "bunitinhos". Homem tem que ter cara de homem e corpitcho de gente normal. Assim como não tenho pretensões de ser a Barbie, não procuro pelo Ken ou qualquer príncipe encantado. Sou muito mais o Shrek. Ah! E não pode ter menos que 45-50 anos, porque eu adoro os tios da sukita.
Parto do pressuposto de que uma barriguinha sexy é melhor que um tanquinho cheio de calcinhas penduradas.

Meus amigos se divertem com o fato de eu gostar de homens mais velhos. Me chamam de Rainha da 3a Idade, Musa da Enfermaria, Miss Museu, Xuxa da Geriatria e por aí vai. Não me abalo, mas deixo claro minha preferência por peças de antiquário e não por peças de museu.

Adolescente, preferia os de vinte; aos vinte, os quarentões, e agora, aos 39, já me encanto com um cinquentão ou sessentão charmoso.

E essa minha preferência é compartilhada por muitas outras mulheres, embora tenha aumentado aquelas que adoram um baby beef.


O meu problema com os rapazes, sempre foi, inegavelmente, a falta de assunto. Sou extremamente cerebral (e isso não significa, necessariamente, ser racional) e preciso de estímulo constante para não me sentir entediada. Na minha opinião não há nada melhor que uma boa conversa com alguém inteligente e bem humorado.

Além de terem histórias pra contar, experiências pra trocar, e, obviamente serem emocionalmente mais estáveis (é claro que toda regra tem exceção, nas duas vias de direção), os gatões de meia idade são mais interessantes por conta dos detalhes: ouvem e respeitam nossas opiniões; incentivam e admiram nossa independência; andam do lado externo das calçadas e caminham ao nosso lado (não à frente); nos chamam pelo nome e não por apelidos como "docinho, anjinho, benzinho ou outro inho enjoadinho que inventam por ai. São cavalheiros, educados, mais refinados e mais diretos. E acima de tudo, sem qualquer hipocrisia de minha parte, sempre pagam as contas quando saem com uma mulher.

Se o assunto é sexo não decepcionam, ainda mais para quem tem a opinião de que sexo de qualidade é melhor que sexo em quantidade, embora um mixer dos dois não seja de todo desprezado. E pasme, tem muito vovozinho deixando no chinelinho de quarto os moçoilos sarados.

Ah! Eles também não fazem aquela cara de espanto quando se deparam com estrias e celulites (embora eu nem desconfie o que sejam...); suportam corajosamente a famigerada TPM e não se importam com sobrepeso (isso não quer dizer que apreciem bagulhos assumidos, portanto, não exagere na falta de cuidados).

Depois de toda essa propaganda, to escondendo meu "tiozão", antes que alguém se empolgue.



*Para quem não se lembra, o tio da sukita é um comercial de refrigerante em que um quarentão era chamado de tio por uma mocinha que ele tentava paquerar.

Tio da Sukita I Tio da Sukita II  Tio da Sukita III  Tio da Sukita - vingança

domingo, 18 de outubro de 2009

Não morreram, partiram antes

O post de hoje é para minha amiga Silmara e suas filhas, na tentativa de apaziguar os sentimentos de seus corações doloridos.

A Deus não importa quem fomos ou quem somos, mas quem seremos diante da escolha entre evoluir e ficar estagnado no mesmo caminho. A evolução é a direção de todo espírito e a grandeza de Deus está em não permitir que nenhum de seus filhos retroceda no caminho escolhido, ao contrário, sempre nos acena com uma nova oportunidade e nunca nos proibe de escolher entre seguir e ficar.


Não morreram, partiram antes (Amado Nervo - poeta mexicano)
Choras teus mortos com tamanho desconsolo que, dir-se-ia, és imortal
Not dead, but gone before, diz sabiamente o prolóquio inglês: "Não morreram, partiram antes".
Tua impaciência se move como loba faminta, ansiosa de devorar enigmas.
Pois não morrerás logo depois, e forçosamente não virás a saber a solução de todos os problemas que são de diáfana e deslumbrante sutilidade?
Partiram antes... Por que interrogá-los com nervosa insistência?
Deixa que eles sacudam o pó do caminho, que descansem no regaço do Pai e ali curem as feridas de seus pés andarilhos; deixa que ponham seus olhos nos verdes prados da paz...
O trem espera. Por que não preparar o bornal de viagem? Esta seria mais prática e eficaz tarefa.
Ver teus mortos é de tal modo premente e inevitável que não deves alterar com a menor ansiedade as poucas horas de teu repouso.
Eles, com um conceito total do tempo, cujas barreiras transpuseram de um salto, também te aguardam tranquilamente. Foi que simplesmente tomaram um dos trens anteriores.



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nosso Zoo particular



Se há dez anos me perguntassem se eu queria um cachorro ou qualquer bicho que fosse, teria respondido de imediato que lugar de bicho é no zoológico.
-"Não, obrigada, não gosto de animais".
Realmente nunca fui fã de animais, domésticos ou não, quadrúpedes ou não. Gato para mim, só com duas belas pernas. Contudo, ao cuspir pra cima, corre-se o risco de cair na cara.


E foi exatamente o que aconteceu comigo. Hoje, em minha casa, há um cachorro por habitante, sem contar os passarinhos.


Há 9 anos fui adotada pela Preta Gil. Todas as noites esgueirava-se por uma fresta do meu portão, e, por mais que eu a enxotasse, ela sempre retornava. Quando percebi, um mês depois, havia, além dela, nove filhotinhos, todos nascidos em um buraco que ela cavou no quintal. Doei todos eles, mas não consegui ficar sem a doida da Preta. Ela foi enviada por Sedex-10, especialmente pra mim: não pulava, não lambia e não passava da soleira da porta. Acabei deixando que ela entrasse em minha vida e até tender nós já dividimos no Natal. O tempo passou mas ela continua firme em seu propósito de ser feliz comigo. Entendi perfeitamente o significado de lealdade e amor incondicional. Ela respeita minhas  limitações como ser humano e me ama mesmo sabendo que não faço "festinha" cada vez que ela se aproxima. Fica lá, na dela, quieta, ao meu lado. É uma companheira como poucos da minha espécie.


Ao contrário de mim, meus irmãos sempre foram apaixonados por animais. Na mesma época em que a Preta me encontrou, meu irmão foi adotado por um casal de fila, Chico e Kyara e, mais recentemente, por um labrador, Júlio.

Quando o Marco os encontrou, o Chico e a Kyara estavam perdidos pelas ruas de Piracicaba  e aquele amor à primeira lambida perdura até hoje. A Kyara, infelizmente, já partiu. Como diz meu filho, está morando no céu com o vovô. E se existe céu para cachorros (e eu acho que existe), ela realmente está lá. Tenho certeza de que a Kyara não era só uma cachorra, mas uma "lady" disfarçada de cachorro. Era a delicadeza em forma animal.



O Chico (Francisco Buarque de Holanda Martins Gomes), por sua vez, parece não envelhecer. Quanto mais o tempo passa, mais moleque ele fica. Tá sempre correndo de lá pra cá, alegre e saltitante. É uma criança crescida, de quatro patas.







Já o nosso cover do Marley, Júlio (César ou Iglesias), foi encontrado pelas ruas, desnutrido e muito doente e deixado aos cuidados de um veterinário amigo do meu irmão. Como o cara é "mui amigo", cuidou do bichinho e depois tratou de arrumar um lar para ele: nossa casa. Ele é muito fofo. Tem aquela cara de cachorro que caiu da mudança, um ar melancólico e olhar meigo.




Nossa última mascote é uma lhasa de 06 meses, chamada Paris (Hilton). É a única que não foi adotada, mas é filha da Pipoca, cachorra que a minha irmã achou nas ruas de Maringá, há uns  seis anos. Minha irmã deu para meu filho, que era louco por um cachorrinho que ele pudesse carregar e brincar. O nome ele tirou de uma dinossaura do desenho Dinossauro Rei. E ela é realmente uma dinossaura: está comendo praticamente a  casa inteira.






E não termina por aqui. Nós também temos 07 calopsitas e 01 agaporni (por enquanto):  Zé, Loro, Cléo, Kiko, Kyra, Loreta, Preto e Grandão. Pode acreditar, eles também acham que são gente.





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