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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pior que o preconceito, a intolerância




"Ninguém nasce odiando outra pessoa

pela cor de sua pele,

ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender,
e se elas aprendem a odiar,
podem ser ensinadas a amar,
pois o amor chega mais naturalmente
ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,
jamais extinta." 

Nelson Mandela




Ontem no facebook, compartilhei uma imagem que achei engraçada. Naquele momento não imaginei o quão infeliz foi a minha idéia e nem o quanto eu poderia vir a me magoar com tal ato.

Tratava-se da imagem de uma mulher com cabelos muito compridos, onde não se via o seu rosto. A imagem dizia: “Nunca mais reclame do seu cabelo!”

Achei muito engraçado, não pela foto em si, mas pelo fato de que todas as mulheres, ao menos todas as que conheço, inclusive eu, terem o costume de reclamar, não só de seus cabelos, mas de todas as outras partes de seu corpo. Nunca estamos realmente contentes com aquilo que temos. E naquela foto o que me chamou a atenção foi que nas últimas duas semanas venho tentando marcar para cortar o cabelo, que, na minha opinião, está simplesmente indecente e feio, ao passo que algumas pessoas com quem eu encontro dizem que meu cabelo está lindo.

Foi exatamente nessa contradição que pensei quando vi a postagem e resolvi compartilhar com outras pessoas. Este foi o meu erro. Equivocadamente, no lugar de postar a foto num grupo restrito de amigas, postei a imagem num grupo do qual participo há muito pouco tempo e onde ninguém me conhece.

Vocês nem imaginam o que aconteceu: em menos de 02 minutos passei a ser conhecida pelo grupo todo, que deve ter mais de 600 membros. Isso é o que chamo de 15 minutos de fama. É a Sereia Aposentada esquentando os tamborins para 2012.

Fiquei super falada, ou melhor, super mal falada. Alguém não gostou da postagem, se ofendeu e me questionou. E eu, que antes de ser Sereia Aposentada, sou uma Diva dos Entas, tentei explicar que não quis ofender e ainda pedi desculpas se fui mal interpretada.

Em menos de 01 minuto, várias pessoas começaram a se manifestar contra a minha postagem, e, pra concluir, fui chamada de cretina, burra e racista.

Agora vocês devem estar perguntando: que raio de imagem foi essa que causou todo esse burburinho?

A imagem, a qual não vou postar aqui para não alimentar discussões, tratava-se, como eu disse, de uma mulher com cabelos muito compridos, onde não se via o seu rosto. O “x” da questão (e não da Xuxa), é que a tal mulher era negra.

A primeira pessoa que me questionou perguntou se eu estava fazendo alguma piada, porque ela não havia entendido qual a razão de eu estar ofendendo a sua raça. Ela é negra.

De imediato, como já disse, me expliquei e pedi para que não me interpretasse mal, porque minha intenção não havia sido ofender quem quer que fosse, e pedi desculpas. Ela respondeu me chamando de racista e que não havia desculpas para o que fiz.

No mesmo instante, seguiram-se dezenas de postagens de outras pessoas, que, na mesma linha, passaram a me julgar e me ofender. Fui chamada de cretina, burra, racista e outros vários adjetivos que muito me envaideceram.

Depois do pedido de desculpas, não me manifestei mais e deixei o circo armar. Fiquei de longe acompanhando, e a cada palavra meu coração se enegrecia de tristeza. Uma das moderadoras do tal grupo interviu, e, sensatamente, disse que não concordava com a minha postagem, mas também não poderia aceitar a agressividade na forma como eu estava sendo tratada. Coitada, além de mim, ela foi a única branquela a se manifestar, e acabou sendo tratada tão bem quanto eu. Atacada de forma grosseira pelas próprias companheiras.

Não bastasse, entraram na minha página do face e me deixaram uma mensagem dizendo para tomar cuidado. Junto estava a minha foto do perfil, com os dizeres: “Sou uma branca nojenta. Sou uma vagabunda. Preciso rir dos outros, pois sou inferior, pois sou uma racista safada”.

Confesso que minha vontade era entrar na conversa e usar de toda a minha boa educação, não a de Diva, mas a de Sereia mesmo, e mandar todas para a putaquepariu. Mas achei melhor, e ao menos uma vez na vida, sinto orgulho de ter usado o cérebro e a sensatez no lugar de agir por impulso, e me recolhi aos prantos.

Não chorei por medo de ameaças ou pelos insultos proferidos contra mim. Chorei por mágoa e tristeza em ver o quanto o ser humano está se degradando, se diminuindo e, ao invés de evoluir, se tornando cada vez mais um ser estranho, de baixa evolução.

A intolerância, o ódio e a revolta viraram bandeiras de grupos sociais que deveriam pregar a paz entre todos. O preconceito tornou-se algo pequeno perto da intolerância e ignorância de muitos. Preconceito virou válvula de escape para as pessoas extravasarem suas infelicidades, suas frustrações.

O grupo que agiu dessa forma dizia que brigavam por sua raça da qual eram orgulhosos e envaidecidos e por isso não aceitariam nenhuma forma de preconceito. Infelizmente, não entendi essa manifestação como bandeira contra o racismo. Ao contrário, me senti marginalizada, como se o racismo fosse contra mim, porque não tinha a mesma etnia, ou a mesma cor de pele. Por ser branquela como disseram, sofri racismo, sofri bullying. Fui taxada de vagabunda e safada.

Então pergunto, que orgulho da raça é esse, se leva ao ódio indiscriminado contra os demais seres humanos? Além disso, o que é raça, etnia, se me ensinaram que somos todos seres humanos, feitos a imagem e semelhança do mesmo pai?

Isso para mim é intolerância, coisa que está se disseminando entre todos os povos, todas as cores, todas as raças, todos os credos, todos os seres humanos. Será que isso acabará um dia, e todos seremos dignos de dizer que realmente somos irmãos, senão de sangue, em espírito?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Por isso somos diferentes dos animais: nós pensamos


Esses dias contei ao meu filho que o pai havia sonhado que eu estava grávida e esperávamos uma menina.

"Que legal né filho? Já imaginou você com uma irmãzinha? Que lindinha. Você já está um mocinho, ia poder ajudar a mamãe a cuidar dela".

Geralmente, a resposta é sempre um sonoro NÃO, EU NÃO QUERO E NÃO PRECISO DE UM IRMÃO! Mas, para minha surpresa, desta vez foi diferente. Com a maior calma do mundo, ele me olhou e disse:

"Você está mesmo grávida? É verdade"? 

"Não filho, foi só um sonho que seu pai teve e me contou. A mamãe não pensa em engravidar novamente".
.
"Ah! Tá. Sabe porque mãe, o problema de uma irmã é que eu até poderia ajudar você a cuidar, mas pensa bem: quando eu estiver com 18 anos, ela estará com 9. Você consegue imaginar a quantidade de coisas que ela terá com 9 anos? Será o dobro das coisas que eu tenho, porque, menina, você conhece como é. Veja as primas, elas acham tudo lindinho, tudo bonitinho, querem comprar tudo. Um monte de roupa e de sapato. Já imaginou o seu rico dinheirinho? Ainda bem que foi só um sonho, né? Só meu pai mesmo".

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Obrigada! Obrigada! Obrigada!


Amanhã, 24/11, comemora-se o Dia Nacional de Ação de Graças, instituído aqui no Brasil por meio  da Lei 781, de 17 de agosto de 1949, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra. Anos depois, em setembro/66, a Lei 5.110 determinou que a comemoração desse dia seja toda 4a quinta-feira do mês de novembro.

Para quem não sabe, a idéia de transformar o "Dia de Ação de Graças" em acontecimento universal nasceu de um brasileiro, Joaquim Nabuco, quando Embaixador do Brasil em Washington. Em 1909, na Catedral de São Patrício, ao final da primeira Missa Pan-Americana, que celebrava o "Dia de Ação de Graças", o Embaixador brasileiro formulou publicamente o seguinte voto: 

"Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agradecimento universal a Deus".

O diplomata brasileiro soube expressar em sua idéia todo o conhecimento que tinha sobre a população de seu país, baseado em seu passado histórico, firmando sempre, desde as origens, nas tradições cristãs do respeito à liberdade e aos direitos humanos, na proibição constitucional das guerras, na busca de solução dos conflitos sem derramamento de sangue, enfim, um país voltado para a paz.

Então, em 2011, comemoraremos amanhã, o DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS.

Mas o que vem a ser esse dia? O que comemorar?

O Dia de Ação de Graças, embora não seja um costume muito difundido entre nós brasileiros, é um dia destinado à que as pessoas possam expressar gratidão, reconhecer as coisas boas que aconteceram, enfim, um dia para saborearmos nossas conquistas e agradecermos a Deus e aos irmãos por termos conseguido superar as dificuldades e os problemas, ou, até mesmo, agradecer por esses obstáculos, que, certamente, também serviram para nos ensinar alguma coisa.


Assim, em comemoração ao Dia de Ação de Graças, venho expressar minha gratidão:

"Diante de ti, Deus, meu pai todo poderoso, eu vos dou graças por minha vida.

Te agradeço Senhor por todos os momentos em que me deste a oportunidade de sentir o calor do sol, as gotas da chuva, o orvalho da noite, o mar, o vento no rosto  e a luz do luar.

Te agradeço meu Deus, bom e misericordioso, por ter me dado saúde, e até pela falta dela, pois foram nesses momentos que aprendi a me amar mais e mais.

Obrigada meu pai amoroso por todas as pessoas que foram colocadas em meu caminho. Obrigada sobretudo por meus amigos, a quem eu vos dou graças e peço que muitas graças lhes sejam concedidas.

Agradeço-te Senhor, meu Deus, pela família com que fui abençoada e que me deste a oportunidade de partilhar mais esta passagem terrena.

Obrigada por meu filho, luz e alegria de meu viver. Obrigada por meus amados pais e meus queridos irmãos.  Obrigada pela alegria de compartilhar a vida com tios, primos, sobrinhos e todos aqueles escolhidos para fazer parte da minha vida e da vida dos meus. Que o seu manto sagrado possa cobrir-lhes de bençãos diariamente.

Obrigada Senhor por meu trabalho, por minha casa, pelos alimentos que não faltam em minha mesa.

Obrigada Deus pelos meus amores e desamores, e pelo amor da minha vida. 

Querido e grandioso Deus, pai de amor, Deus de  misericórdia e bondade, eu vos dou graças por tudo e todos ao meu redor e peço-lhe humildemente o seu perdão, pelos momentos em que, distraída, esqueci-me de agradecer pela vida cotidiana, pelos meus percalços e minhas vitórias.

De joelhos, a seus pés, eu te agradeço: Obrigada! Obrigada! Obrigada!


Também agradeço a vocês, meus pais, meus irmãos, meu filho e minhas sobrinhas, e a todos os meus amigos, sem distinção, por fazerem parte da minha vida, me acompanharem, torcerem pelas minhas lutas, vibrarem com as minhas conquistas e não me desampararem nas minhas derrotas. Amo muito a todos e a cada um".






"Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". (Tessalonicenses 5.18)


E pra sintetizar os sentimentos desse dia, uma das minhas canções preferidas: A montanha, com o rei Roberto.



Eu vou seguir uma luz lá no alto eu vou ouvir
Uma voz que me chama eu vou subir
A montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda minha escalada e ajudar
A mostrar como é o meu grito de amor e de fé
Eu vou pedir que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais se esqueçam de agradecer
Por isso eu digo: Obrigado Senhor por mais um dia
Obrigado senhor que eu posso ver
Que seria de mim sem a fé que eu tenho em Voce
Por mais que eu sofra, Obrigado Senhor mesmo que eu chore
Obrigado Senhor por eu saber
Que tudo isso me mostra o caminho que leva a Voce
Mais uma vez Obrigado Senhor por outro dia
Obrigado Senhor que o sol nasceu
Obrigado Senhor agradeço Obrigado Senhor
Por isso eu digo: Obrigado Senhor pelas estrelas
Obrigado Senhor pelo sorriso
Obrigado Senhor agradeço Obrigado Senhor
Mais uma vez
Obrigado Senhor por um novo dia
Obrigado Senhor pela esperança
Obrigado Senhor agradeço Obrigado Senhor
Por isso eu digo: Obrigado Senhor pelo sorriso
Obrigado Senhor pelo perdão

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minha vida é uma comédia!

"And the Oscar goes to ..."

Todo ano a Academia Cinematográfica premia os melhores filmes produzidos em Hollywood com o "Oscar". Dentre as inúmeras categorias premiadas,  a academia costuma oferecer um Oscar pelo "conjunto da obra", seja para atores, diretores e outros.

No meu caso, seria muito fácil concorrer nessa categoria, pois, fatalmente, ganharia um Oscar pelo "conjunto da obra de uma vida inteira dedicada à comédia".

Sob o mesmo ponto de vista, concorrendo na categoria comédia besteirol, ganharia o Razzie Award, mais conhecido por aqui como Framboesa de Ouro, entregue aos piores do cinema.

Mas... como não tenho nada a ver com cinema, à mim cabe o troféu KING KONG, prêmio esse do qual tenho certeza, sou  recordista.

Hoje acordei preparada para o exame de sangue, coisa rotineira na vida de pessoas doces como eu. Calma! Coisa rotineira na vida de diabéticos que não tenham o mesmo pavor de agulhas que eu. 

Prá ajudar, dessa vez tive companhia: meu filho também foi fazer o exame e o "pobrema" dele com agulhas é herança materna. Como já lhes contei, quando o assunto é dar exemplo, eu banco a super mãe. Hoje não foi diferente: prometi à ele que se não desse o escândalo de sempre, ganharia uns jogos novos para o Wii.

Não deu outra: ele está feliz da vida com os joguinhos que compramos. Até chorou um pouco, mas se comportou muito bem. Estou orgulhosa por ele ter enfrentado o medo, ter dado a cara à bater. 

Em compensação, está traumatizado pelo resto da vida e, dificilmente, vai esquecer esse momento tão especial. Garanto que as enfermeiras do laboratório também jamais se esquecerão do meu "rostinho juvenil" e, é pouco provável,  permitam minha entrada no local novamente.

Na minha vez de fazer o exame, não sei porque, minha pressão me abandonou, caiu, despencou, e levou minha consciência com ela: desmaiei, desfaleci, apaguei. De novo! E dessa vez fechei com Framboesa de Ouro: vomitei no cesto de lixo do laboratório. Fiquei por lá mais de 20 minutos e nada de melhorar. Quando consegui vir embora,  tive uma bela dor de barriga.

Fala sério! Minha vida não é uma comédia?

And the KING KONG goes to SEREIA APOSENTADA, o mico do ano, mais uma vez.

Para quem ainda não conhecia esse meu lado cinematográfico, dá uma lida nesse post: É sereia ou é mico?


sábado, 22 de outubro de 2011








"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"    (Florbela Espanca)

Fonte: COM / TEXTO

domingo, 9 de outubro de 2011

Vovó só paga mico



Mamis andou viajando nos últimos dias. Foi visitar as netas em Campo Mourão no Paraná. Chique como ela, a viagem tinha que ser aérea.

Empolgada com o fato de poder passar uns dias com suas moniquetes (filhas da Mônica), lá vai Mamis: calça branca nova, blusa riscada de azul e branco super moderna, keds novo, listrado de azul e branco, chique no úrtimo, maior estilo. Prá completar, deixou que a doida da Sereia complementasse o visual com um colar super bacana, combinando com o resto da produção. 

Aeroporto de Campinas, serviço especial da Azul para embarque de idosos, adeus aos que ficam, e vai Mamis para a sala de embarque. A Sereia e Duds partem de volta prá casa, esperando notícias de quando vovó aterrissasse.

A viagem foi ótima. O vôo chegou no horário certo. O serviço nota dez. Mas... mamis tinha que pagar mico, né?  O tal colar, aquele que finalizou a super produção, era confeccionado com algumas partes de metal. Ela ficou presa no detector de metal! E o pior, ninguém conseguia arrancar o colar do pescoço dela. Levou quase 10 minutos prá se soltar e ser liberada. 

Por conta do episódio, quase virei Sereia à Parmegiana.

Mas as confusões da mamis não param por aí. Ela adora pagar mico, daqueles tipo king kong.

Não é segredo que as mulheres da minha família tem uma grande propensão ao consumismo desenfreado. Todas loucas por roupas e sapatos. Mamis não é diferente. Tem sempre uma pecinha nova na gaveta, ainda não usada.

Esses dias, na pressa para sair, abriu a gaveta e pegou a primeira blusa que achou. Estava toda pop, com a blusa listrada (ainda não comentei, mas mamis deve ter sido presidiária em outra encarnação: ela adora listras). Saimos para almoçar e tudo estava ótimo, até que no retorno, assim que ela entrou no carro, avistei aquela super etiqueta da loja, com código de barras e tudo, inclusive o preço, penduradona na blusa, nas costas de mamis. Na pressa, ela esqueceu de tirar a etiqueta da blusa nova. 

Foi uma piada só. E adivinhem de quem foi a culpa? É claro que foi da pobre Sereia, porque diz a mamis que eu deveria ter olhado isso quando saimos de casa. Posso? 

Saudade da minha Preta Gil

"Eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo..." 

Mas dessa vez, diferente do que cantou Roberto, nada estava igual, tudo se modificou. Minha cachorra não estava no portão me esperando com seu sorriso latido. Depois de mais de 10 anos, minha Preta Gil me deixou. 

Discretamente, da mesma forma como entrou em minha vida, ela deixou a sua, há pouco mais de 2 meses. Morreu nos meus braços. E minha única alegria foi poder estar ao lado dela naquele momento difícil, porque ela esteve ao meu lado por todos esses anos, sempre me esperando no portão, sem saber se meus momentos eram bons ou não. 

Ela conseguiu fazer daquele instante, em que eu chegava, um dos meus melhores momentos. Ela me sorria latindo, me esperava descer do carro para me dizer que, se nem tudo ia bem, o seu amor por mim ainda estaria ali. 

Sinto sua falta. Aliás, todos aqui sentimos. Ela era companheira inigualável. Sempre presente, sempre alerta, nos protegendo, nos ensinando a amar incondicionalmente.

Demorei para conseguir lhe fazer uma homenagem, e prá dizer a verdade, nem consigo expressar tudo o que vai no meu coração. Mas eu precisava dizer o quanto a amei durante todos esses anos e o quanto sinto falta de sua presença, me esperando no portão.

domingo, 2 de outubro de 2011

Você faz parte do meu mundinho



"Não sou pra todos. 
Gosto muito do meu mundinho. 
Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. 
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. 
Mas não cabe muita gente. 
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. 
São necessárias." 

Caio F. Abreu
(colei do blog "Serendipity" da minha amiga diva Peônia)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011




"Colega não é amigo
.
Sorrir não significa estar feliz.

Valeu não é "obrigado". 

E "eu também" não é eu te amo.


Mas f*da-se... ah o f*da-se é sempre f*da-se!"




- autor desconhecido -


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa e ilumina. Amem.

Fonte:
Comunidade COM.TEXTO! do Facebook


domingo, 11 de setembro de 2011

Essa sim é uma pequena sereia. Achei a foto no google e não resisti.

Fonte:  paulocastelo.blogspot.com

Cabecinha cada vez melhor


E eu que pensei já tivesse aprontado todas essa semana... Como disse, minha cabecinha é ótima e, pelo que percebo, estou precisando de mais um remédio. 

Não bastasse ter esquecido o filho na terça-feira, na sexta, ataquei de novo. Sai do trabalho e precisei fazer algumas coisinhas antes de ir para casa. Uma delas era passar no varejão. Não, eu não esqueci de ir ao varejão. Fui e comprei o que precisava.  No caixa descobri que o cartão do banco havia ficado na bolsa e fui ao carro para pegá-lo. Ótimo. Paguei a compra, peguei minhas sacolinhas (aqui em Nova Odessa nós ainda temos o direito de usar sacolas plásticas) e saí pensando: "Que bom, finalmente vou prá casa".

Procuro nos bolsos, nas sacolinhas e... resolvo olhar pelo vidro do carro: lá estava, no banco do passageiro, a chave. No mesmo instante descobri que as portas estavam trancadas (pelo menos sei que as travas e o alarme funcionam bem).

Resultado: com aquela cara de bocó, fiquei lá, olhando pro carro, pensando no que fazer, uma vez que o celular também estava lá dentro.

Sorte: o dono do varejão, penalizado com a minha situação (e certamente, rolando de rir por dentro), me deu carona até em casa para que eu pegasse a chave reserva.

Finalmente consegui chegar em casa, mais tarde do que realmente gostaria, mas cheguei. Aí sim, começou minha sexta-feira.

Se alguém conhecer algum remédio básico para memória ou falta de atenção, por favor, me passe a receita.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ô cabecinha boa!


Quando meu filho tinha uns 8 meses, tive a capacidade de trancá-lo no carro, com a chave dentro. Sorte isso ter acontecido na porta do escritório do pai dele, e eu ter percebido o fato em menos de 3 minutos. Sorte também, o fato de que o chaveiro estava a menos de um quarteirão. O bebê salvou-se, claro, e se transformou nesse menino lindo (que, diga-se de passagem, é a cara da mãe). Azar o meu, que até hoje sou atormentada, não pelo fantasma do causo, mas pelo pai, que está sempre a me lembrar: "não esquece de buscar o Edu na escola"; "você está lembrando que tem que pegar o Edu no inglês"?

Aí as pessoas podem dizer: "que cara chato, porque ele mesmo não vai"? Calma! Ele vai, sempre. Todos os dias é ele quem leva e busca nosso menino lindo na escola, no inglês, no futebol. E nunca se esquece. Ao contrário, chega sempre no horário correto e, na maioria das vezes, até um pouco antes.  Meu filho já declarou inúmeras vezes que prefere que o pai o leve ou busque à escola e aos outros compromissos, porque, invariavelmente, sempre estou atrasada. Ou ele chega atrasado, ou sai depois de todos os amigos. 

Mas... minha cabecinha boa é um problema e ontem me superei. 

O pai (aquele que está sempre no horário), me avisou, um dia antes, que não poderia levar o menino ao futebol e nem buscá-lo, porque tinha audiências no mesmo horário. "Tudo bem, qual o problema? Eu levo e busco". 

No dia seguinte, quando nós já estávamos de saída para o futebol, ele me liga: "Você não esqueceu que tem que levar e buscar o Edu, né"? 

Que raiva, essa gente pensa que eu sou maluca. Levei o meu filho ao futebol e fui trabalhar. Meia hora depois, o tal do pai me liga: "Estou indo pra audiência, não esquece de buscar o menino". Quase o mandei  a merda.

As 10h45, minha mãe me liga: "quem vai buscar o Edu no futebol"? 

"Tchau mãe, daqui a pouco nos falamos". Me lembrei, naquele momento, que o futebol havia terminado 45 minutos antes e que eu havia esquecido de buscar o meu filho.

Sorte que Deus perdoa. Já meu filho e o pai dele, não tenho tanta certeza, kkkk. 


domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!


À sombra da gestação e do parto, indiscutível o papel das mulheres e, portanto,  inconcebível não sublimar a figura das mães, o que faz com que o papel de pai fique sempre em segundo plano diante do milagre da vida. 

Ao lado daquela que é considerada um ser sublime, eles ficaram relegados ao papel de  coadjuvantes. No entanto, há anos vemos muitos coadjuvantes roubarem a cena e o brilho dos protagonistas.

A cada dia vemos mais e mais homens entregues ao papel de "pães", não só participando cada vez mais da criação dos filhos, mas invertendo os papéis e sendo, muitas vezes, mais mães que as próprias.

O que vejo são homens mais corajosos, mais sensíveis e mais conscientes do papel, não de homem, mas de seres humanos. As novas gerações aceitaram o fato de que a testosterona não os impede de agir com afabilidade sem lhes tirar a masculinidade.

Ao menos a minha geração e, principalmente as anteriores, sempre olhou para os pais como aquele ser austero, responsável pela manutenção do lar, guardião dos bons costumes, protetor da família. Os pais sempre foram amados e respeitados, mas nunca reconhecidos como seres humanos, afáveis e amigos. Eram nossos super-heróis, nossos protetores, mas, como os heróis, blindados e distantes. E com isso não quero dizer que eram menos pais ou menos amados ou que nos amavam menos. 

A questão cultural exigia dos homens o cumprimento desse papel e, obviamente, como tudo no mundo, foi se modificando e evoluindo. Digamos que, hoje, os homens não precisam deixar de ser eles mesmos para serem pais. E  é isso que muda tudo. Os filhos continuam vendo seus pais como super-heróis, mas sabem que eles não são intangíveis e tampouco estão livres dos efeitos da kriptonita. Os nossos guardiões passaram a ser mais admirados e mais amados exatamente por terem a imagem mais próxima dos seres comuns, que amam, se emocionam, se ressentem e até se machucam e perdem a linha de vez em quando, mas não deixam de ser humanos.

Infelizmente tive pouca convivência com meu querido pai, que faleceu no início da minha juventude. Dele posso dizer que era amado e que nos amava, mas não posso dizer quem era, como era e quais os seus sonhos e anseios. Não por ter morrido jovem, mas porque, como os pais mais antigos, tratava os filhos como filhos, e se punha no papel de pai, aquele que tinha obrigação de não demonstrar suas carências, seus medos, seus sonhos, mas apenas de manter a sua condição de paladino da justiça, que coisa alguma pudesse atingir. Fazia isso por amor aos filhos, por respeito, para nos encorajar, para nos defender, mas não nos permitiu conhecê-lo verdadeiramente.

Vejo na convivência de meu filho e seu pai um amor diferente, um amor mais palpável, uma admiração mútua, uma amizade verdadeira. Há respeito e compreensão, reconhecendo-se as diferenças e as limitações de cada um, apesar da distância de gerações. Há uma troca de experiências e conhecimentos.

Ao redor olho meus amigos, uns mais jovens outros nem tanto, que, no papel de pai, mostram o que tem de melhor: humor, carinho, tolerância, paciência, respeito às fraquezas humanas. São os mesmos pais de ontem e de sempre, mas com muito mais verdade, muito mais afeto, porque não ocultam sua essência.

Por isso, esta figura indiscutivelmente impar, que são os pais de ontem e de hoje, merecem todo o nosso carinho, nesse dia dedicado inteiramente à eles, nossos e todos os SUPER-PAIS.

Ao meu pai, Antonio Carlos, que mesmo em outra dimensão continua olhando por mim, obrigada pela vida e por sua companhia durante parte da minha jornada na Terra. Mesmo durante a sua curta passagem pela minha vida, aprendi, nas entrelinhas, a reconhecer a sua essência.  Até breve!

Ao pai do Edu, seu Zé Roberto, meu carinho e gratidão por ser um pai presente e amigo, e por deixar se reconhecer em sua essência, por ensinar meu filho a ser humano, a sensível e carinhoso e ter respeito pelos outros.

Feliz Dia dos Pais ao meu cunhado Gilson, Jorge, tio Gê, tio Josean, Cabeção, Jabs, Volner,  Zé Buttini e todos os outros super-pais que conheço. À vocês, aquela que acho a maior homenagem a todos os pais: Pai, de e com Fábio Jr.






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Por isso adoro o Dráuzio Varella



Um pequenino grão de areia

Essa semana me encantei com uma notícia que vi no portal Terra. Um cientista americano fotografou grãos de areia  e ampliou as imagens 250 vezes. O resultado foi, ao menos para mim, inesperado, simplesmente encantador. Jamais imaginei que grãos de areia, para mim tão pequenos e tão sem cor, fossem, na realidade pedacinhos de encanto.

"Cada grão de areia é único", afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA). 


Greenberg, que fotografa grãos de areia há dez anos, é originalmente fotógrafo e cineasta, mas mudou-se de Los Angeles para Londres nos anos 1970 com o objetivo de tornar-se doutor em pesquisa biomédica pela University College, na capital britânica. O especialista diz que os grãos trazem consigo histórias sobre a geologia, a biologia e a ecologia da região de onde se originam.

Para ler toda a notícia: Cientista fotografa grãos de areia

Confesso que vou pensar muito antes de pedir para colocarem piso frio no lugar da areia da praia. É fato, as fotos falam por si.







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