Páginas

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Minha vida é uma comédia!

"And the Oscar goes to ..."

Todo ano a Academia Cinematográfica premia os melhores filmes produzidos em Hollywood com o "Oscar". Dentre as inúmeras categorias premiadas,  a academia costuma oferecer um Oscar pelo "conjunto da obra", seja para atores, diretores e outros.

No meu caso, seria muito fácil concorrer nessa categoria, pois, fatalmente, ganharia um Oscar pelo "conjunto da obra de uma vida inteira dedicada à comédia".

Sob o mesmo ponto de vista, concorrendo na categoria comédia besteirol, ganharia o Razzie Award, mais conhecido por aqui como Framboesa de Ouro, entregue aos piores do cinema.

Mas... como não tenho nada a ver com cinema, à mim cabe o troféu KING KONG, prêmio esse do qual tenho certeza, sou  recordista.

Hoje acordei preparada para o exame de sangue, coisa rotineira na vida de pessoas doces como eu. Calma! Coisa rotineira na vida de diabéticos que não tenham o mesmo pavor de agulhas que eu. 

Prá ajudar, dessa vez tive companhia: meu filho também foi fazer o exame e o "pobrema" dele com agulhas é herança materna. Como já lhes contei, quando o assunto é dar exemplo, eu banco a super mãe. Hoje não foi diferente: prometi à ele que se não desse o escândalo de sempre, ganharia uns jogos novos para o Wii.

Não deu outra: ele está feliz da vida com os joguinhos que compramos. Até chorou um pouco, mas se comportou muito bem. Estou orgulhosa por ele ter enfrentado o medo, ter dado a cara à bater. 

Em compensação, está traumatizado pelo resto da vida e, dificilmente, vai esquecer esse momento tão especial. Garanto que as enfermeiras do laboratório também jamais se esquecerão do meu "rostinho juvenil" e, é pouco provável,  permitam minha entrada no local novamente.

Na minha vez de fazer o exame, não sei porque, minha pressão me abandonou, caiu, despencou, e levou minha consciência com ela: desmaiei, desfaleci, apaguei. De novo! E dessa vez fechei com Framboesa de Ouro: vomitei no cesto de lixo do laboratório. Fiquei por lá mais de 20 minutos e nada de melhorar. Quando consegui vir embora,  tive uma bela dor de barriga.

Fala sério! Minha vida não é uma comédia?

And the KING KONG goes to SEREIA APOSENTADA, o mico do ano, mais uma vez.

Para quem ainda não conhecia esse meu lado cinematográfico, dá uma lida nesse post: É sereia ou é mico?


sábado, 22 de outubro de 2011








"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"    (Florbela Espanca)

Fonte: COM / TEXTO

domingo, 9 de outubro de 2011

Vovó só paga mico



Mamis andou viajando nos últimos dias. Foi visitar as netas em Campo Mourão no Paraná. Chique como ela, a viagem tinha que ser aérea.

Empolgada com o fato de poder passar uns dias com suas moniquetes (filhas da Mônica), lá vai Mamis: calça branca nova, blusa riscada de azul e branco super moderna, keds novo, listrado de azul e branco, chique no úrtimo, maior estilo. Prá completar, deixou que a doida da Sereia complementasse o visual com um colar super bacana, combinando com o resto da produção. 

Aeroporto de Campinas, serviço especial da Azul para embarque de idosos, adeus aos que ficam, e vai Mamis para a sala de embarque. A Sereia e Duds partem de volta prá casa, esperando notícias de quando vovó aterrissasse.

A viagem foi ótima. O vôo chegou no horário certo. O serviço nota dez. Mas... mamis tinha que pagar mico, né?  O tal colar, aquele que finalizou a super produção, era confeccionado com algumas partes de metal. Ela ficou presa no detector de metal! E o pior, ninguém conseguia arrancar o colar do pescoço dela. Levou quase 10 minutos prá se soltar e ser liberada. 

Por conta do episódio, quase virei Sereia à Parmegiana.

Mas as confusões da mamis não param por aí. Ela adora pagar mico, daqueles tipo king kong.

Não é segredo que as mulheres da minha família tem uma grande propensão ao consumismo desenfreado. Todas loucas por roupas e sapatos. Mamis não é diferente. Tem sempre uma pecinha nova na gaveta, ainda não usada.

Esses dias, na pressa para sair, abriu a gaveta e pegou a primeira blusa que achou. Estava toda pop, com a blusa listrada (ainda não comentei, mas mamis deve ter sido presidiária em outra encarnação: ela adora listras). Saimos para almoçar e tudo estava ótimo, até que no retorno, assim que ela entrou no carro, avistei aquela super etiqueta da loja, com código de barras e tudo, inclusive o preço, penduradona na blusa, nas costas de mamis. Na pressa, ela esqueceu de tirar a etiqueta da blusa nova. 

Foi uma piada só. E adivinhem de quem foi a culpa? É claro que foi da pobre Sereia, porque diz a mamis que eu deveria ter olhado isso quando saimos de casa. Posso? 

Saudade da minha Preta Gil

"Eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo..." 

Mas dessa vez, diferente do que cantou Roberto, nada estava igual, tudo se modificou. Minha cachorra não estava no portão me esperando com seu sorriso latido. Depois de mais de 10 anos, minha Preta Gil me deixou. 

Discretamente, da mesma forma como entrou em minha vida, ela deixou a sua, há pouco mais de 2 meses. Morreu nos meus braços. E minha única alegria foi poder estar ao lado dela naquele momento difícil, porque ela esteve ao meu lado por todos esses anos, sempre me esperando no portão, sem saber se meus momentos eram bons ou não. 

Ela conseguiu fazer daquele instante, em que eu chegava, um dos meus melhores momentos. Ela me sorria latindo, me esperava descer do carro para me dizer que, se nem tudo ia bem, o seu amor por mim ainda estaria ali. 

Sinto sua falta. Aliás, todos aqui sentimos. Ela era companheira inigualável. Sempre presente, sempre alerta, nos protegendo, nos ensinando a amar incondicionalmente.

Demorei para conseguir lhe fazer uma homenagem, e prá dizer a verdade, nem consigo expressar tudo o que vai no meu coração. Mas eu precisava dizer o quanto a amei durante todos esses anos e o quanto sinto falta de sua presença, me esperando no portão.

domingo, 2 de outubro de 2011

Você faz parte do meu mundinho



"Não sou pra todos. 
Gosto muito do meu mundinho. 
Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. 
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. 
Mas não cabe muita gente. 
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. 
São necessárias." 

Caio F. Abreu
(colei do blog "Serendipity" da minha amiga diva Peônia)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...