Sou
cliente Morto/Vivo, antes Telefônica (o que não muda nada, só o nome), há mais
de uma década e nunca fiquei tão aborrecida com o meu prestador de serviços,
como no último semestre.
Para
que as pessoas tenham uma ideia clara do que me aborrecendo (não queria baixar
o nível, mas a palavra correta, no caso, seria “emputecendo”), apenas nos
últimos 20 dias fiquei incomunicável por vários dias, sem net e sem telefone,
nada mais, nada menos, que por três vezes seguidas. Isso já ocorreu outras
vezes durante esse ano.
Nessas
três vezes, liguei inúmeras vezes na Morto/Vivo, pedindo o reparo da linha.
Primeiro, o atendente eletrônico “Mais Morto que Vivo”, avisa (como se ninguém
soubesse) que os Correios estão em greve e você deve apertar 1 para pedir o
código de barras da sua conta que vencerá nos próximos dias. Três minutos
depois (que para mim, desprovida de paciência desde o nascimento) pareceram 3
horas, retorna a gravação e me pede para falar em poucas palavras o que
preciso: REPAROS NO MORTO/VIVO SPEEDY. Falo o mais alto e pausadamente que
consigo, e ele, parece que para me irritar, responde “Desculpe, não entendi,
por favor repita, pausadamente e em poucas palavras o que você deseja”.
A
essa altura minha vontade é dizer que o meu desejo é que vão todos para a PQP,
mas, que adiantaria? Ele é apenas um morto/vivo, penso eu.
Mais
de 10 minutos, (não seriam umas 10 horas?) alguém, cujo nome não entendo e cuja
dicção é incompreensível (a Morto/Vivo deveria pagar fono para todos os seus
“representantes”), consigo explicar o que está acontecendo (ou, na melhor das
hipóteses, o que NÃO está acontecendo) estou sem telefone e sem net. Sim, já
desliguei tudo, não consigo fazer nem receber chamadas, etc. etc. Só um
instante, vou “estar passando” para o setor técnico.
Como
assim?! E vem outro representante, do mesmo tipo e após várias perguntas
idiotas, as quais já respondi para o atendente falecido anterior, a pessoa me
avisa que há um problema na minha linha e que ela “estará abrindo” um chamado
técnico e que no prazo de até 48 horas, o tal técnico “estará vindo” até o
local para a manutenção da linha.
Esse
técnico, um terceirizado, vem mesmo. Às vezes em menos de 48 horas, e outras
bem depois. Ele arruma e tudo volta a funcionar. Que bom! Retorno ao mundo
virtual e o meu telefone chato começa a tocar sem parar (será que as pessoas
não desconfiam que não estou com paciência para atender telefone?). Adivinhem
quem é? Outra gravação, pedindo que eu responda se o problema foi resolvido e
se o serviço foi bem executado. Em um dia, me ligaram umas oito vezes com a
mesma pergunta.
E
tem outra coisa: em uma das inúmeras vezes em que precisei aguardar o técnico,
um deles, muito simpático, me deixou o número do celular para que o chamasse
caso o problema ocorresse novamente, uma vez que ele morava aqui por perto.
Claro
que o problema ocorreu e como a Morto/Vivo me ignorou por mais de 03 dias,
resolvi ligar para o bom samaritano: “Mas a senhora já ligou para a Vivo? Então
esquece. A senhora deveria ter me avisado primeiro”. Só então entendi que de
bom samaritano o inferno deve estar cheio. Ele queria era me prestar serviços
(serviços pelos quais já pago para a Morto/Vivo).
Sei
que vocês se cansaram da história e certamente têm algo parecido para contar
(afinal, o slogan da Morto/Vivo é “conectados, vivemos melhor”!), mas não é só
esse o problema por aqui.
Desde
dezembro (sim, dezembro foi o ano passado), estou contatando a Morto/Vivo a
respeito de um fio de telefonia que está se soltando, aqui em frente a minha
casa. Nem sei quantos protocolos já me passaram e com quantos técnicos (todos
os que vieram aqui ao longo desse ano) já conversei sobre o fato. A resposta é
sempre a mesma: “Estaremos enviando” uma equipe para o local; ou, “Não é o meu
serviço, mas vou avisar o fulano para passar aqui”.
Acreditem
ou não, o fio ainda está solto, e agora, mais baixo que eu. Ao levar meu filho
para a escola essa manhã, me deparei com o fio quase sobre o carro.
E
sabem qual é o meu maior pesadelo? Será que “estarei ficando” sem telefone e sem
internet mais uma vez essa semana?
Como
cantaria Caubi Peixoto: “Canseeeei, Canseeeei...” e resolvi compartilhar meu
emputecimento publicamente. Quem sabe alguém resolve “estar mandando” um
técnico para resolver o meu “pobrema de comunicação”, afinal, como bem dizia
Chacrinha, “Quem não se comunica, se trumbica”.
E
para terminar (é, ainda tem mais) aproveito o gancho para reclamar de outra
concessionária, a CPFL, aquela que dá a luz (ou deveria). Não bastasse o
problema, corriqueiro no meu bairro e arredores, com a falta de energia (ao
menos uma vez ao mês ficamos algumas horas no escuro), há mais de 03 meses
estou reclamando sobre o poste de energia que está, literalmente, afundando,
quase aqui em frente a minha casa e, até agora, ninguém apareceu para “estar solucionando”
o caso. Minha última conversa no atendimento da CPFL:
“Em
frente a minha casa tem um poste de energia que está afundando e a atendente da
CPFL me pergunta:
-
Está afundando pra baixo?
-
Sim. (minha vontade - Não, está afundando pra cima, querida)
- A
senhora acha que pode ser em razão da chuva?
-
Não sei. (minha vontade - Como expert no assunto poste, acredito que deve haver
alguma força sobrenatural puxando o poste. Pra baixo, claro.)
- A
senhora acha que pode cair agora ou pode demorar algum tempo? Está em risco?
-
Pela demora no atendimento, já caiu minha filha.
Eu
tentando prestar um favor para a CPFL e quase precisei deixar minhas calças no
atendimento, tantas perguntas me fizeram. Cacete. Eu só queria avisar que o
poste está afundando.
É
isso pessoas boas e cheia de paciência. Agradeço a atenção dos que perderam
tempo lendo minhas lamúrias, mas o desespero nos leva a cometer loucuras.
PELAMORDEDEUS
VIVO E CPFL ME AJUDEM! (Senão, vou chamar o Varal de Notícias, o JNO, a EPTV, o
Ratinho, Datena, Marcelo Rezende, o Batman e até o Chapolim Colorado).