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sábado, 26 de maio de 2012

Happy Birthday, little mermaid

Essa semana a sereia completou 42 anos. Infelizmente não posso dizer que o corpinho é de 25, pois a gula, pecado que nunca me deixou, não contribuiu para isso. Portanto, esses 42 serão num corpinho de 42 mesmo.


Segundo me disseram, eu poderia dizer que estou fazendo 52, ao menos assim, poderia me sentir feliz quando as pessoas dissessem: "Nossa, nem parece. Juraria que você tem no máximo 45, 46". Também já quis participar do concurso Miss 3a Terceira Idade, agora com 40, pois, talvez, seria essa a única chance de vencer e dizer que fui miss. Se esperar chegar na terceira idade, certamente minhas chances diminuírão, o que não acontecerá com meu sobrepeso.

Desespero à parte, afirmo que chego feliz aos 42, uma vez que meu cérebro ainda pensa ser um jovem mancebo de 25, que, sendo afoito como todo jovem, às vezes também engasga e quase tem um vislumbre de que já passou dos 40. Claro que continuo enganando o pobre coitado, que, ao menos, vive feliz a sua juventude embalsamada.

E posso ser maldosa ao responsabilizar justamente o que tenho de melhor, que ainda é o cérebro, pelas agruras pelas quais passo aos 42. Mas, quem terá coragem de me contrariar, quando digo que a culpa é do cérebro quando olho no espelho e o rosto que vejo é o da sereia de 25 e não o da mulher de 42? A culpa é dele sim, que me faz viver na ilusão de que não tenho rugas de preocupação (preocupação? nem sei o que é), minha pele não está dando sinais mais que evidentes de flacidez, minha saúde está perfeita (mesmo com a glicemia lá na casa do chapéu) e eu não tenho problemas psiquiátricos (também não precisa me chamar de louca, sou apenas obsessiva/compulsiva e sofro de transtornos de ansiedade e depressão).

Tragicomédia à parte, não posso reclamar da casa dos 40. Não cheguei aqui tão barbie quanto gostaria, não realizei todos os sonhos que tinha aos 20, mas conquistei muito mais do que podia imaginar com as coisas que sequer sonhei na juventude. Rumo aos 43, minha meta, daqui prá frente, é chegar lá com um corpinho de 42 e meu cérebro com a eterna juventude dos 25.


Aos amigos que me felicitaram, agradeço de coração todos os votos de paz, saúde, prosperidade e sucesso. Não seria uma eterna Sereia, não fosse a amizade e o carinho de recebo dos amigos. 

  Beijos da Sereia.


domingo, 20 de maio de 2012

Imagem do site: Mensagens Angels

Cativa-me - Gisele de Marie

Há alguns meses estou querendo postar esse texto de autoria de minha amiga diva Gisele de Marie. Assim como a autora, o texto é doce, sensível e verdadeiro, e traduz tudo aquilo que gostaria de dizer aos amigos.


CATIVA-ME

Cativa-me da maneira que tu quiseres, como tu souberes.

Cativa-me para que eu possa me doar... e tuas frágeis defesas não me assustem, não me confundam e não me façam imaginar que não desejas uma amiga, que preferes te fechar.

Cativa-me nos mínimos detalhes. Solte aquele sorriso brejeiro, por vezes irônico por fora, mas tão inocente e carente e bobo por dentro...

Cativa-me-me com tuas idéias e emoções, com tuas buscas, com teus gestos, com tua voz, teus modos de falar, com teu jeito de criança ou velha ou louca ou divertida ou séria ou alegre... ou, talvez, desconfiada, disfarçada de durona ou sabida só pra proteger tão sensível coração, tão vulnerável humanidade, tanta fome de ser ouvida, de comunicação, de gentileza, de uma alma amiga...

Cativa-me com teus olhos, com teu olhar profundo, sincero, comovido, singelo, fraterno, não os desvie, fita-me com confiança e permita que eu te olhe assim também, sem máscaras, sem receios e defensivas que não têm sentido numa amizade genuína, e que possamos nos compreender até mesmo no silêncio.

Cativa-me com teu desejo simples de sempre me ver feliz, crescendo, voando, e que eu possa te retribuir em dobro.

Cativa-me com teu abraço, com teu ombro amigo. Deixe-me abraçá-la, enxugar tuas lágrimas, derramar rios de ternura sobre tuas feridas.

Cativa-me com tuas palavras, fale-me de teus sonhos, de teus prazeres, trabalhos, alegrias, preocupações, cansaços e dores também. Venha cá, deita a cabeça aqui em meu colo, fala-me de teus medos, segredos, de tuas angústias e pesos. Conta-me sobre tua fantástica história, com tudo de maravilhoso nela, mas não esconda as cicatrizes e deixe que eu te conte a minha e te mostre minhas cicatrizes também. E depois, apliquemos curativos de carinho solidário nelas. Não tenha medo, não vai doer, eu não deixarei.

Cativa-me com simplicidade e humildade, com o íntegro e puro amor amigo. Porém, com certa calma, sem pressa, tentando generosamente me conhecer, entender minha mente e meu coração, de espírito aberto, sem subterfúgios, sem cálculos, sem zombarias com as quais meu coração de criança não sabe lidar, sem dúvidas sobre o poder e a força do cativar, e com certeza sobre ser amada incondicionalmente por uma alma que enxerga a tua e te reconhece. 

Cativa-me de dia ou de noite, na luz do sol ou embaixo da chuva, debaixo da lua imensa ou de nuvens cinzas, diante do esplendor da extraordinária aurora boreal ou da paisagem do cotidiano mais comum. 

Cativa-me sem dizer nada ou dizendo tudo, sorrindo ou chorando, eufórica ou cansada, calma ou irritada, animada ou deprimida, reflexiva ou impulsiva, acertando ou errando... Mas me cative de verdade, com vontade! E assim me brinde com o presente mágico de eu poder te oferecer o melhor de mim e das estrelas que aqui dentro brilham.

Gisele De Marie
Adoro essa foto da minha amiga Gisele.
Mulher inteligente, sensível, guerreira. Uma Diva!

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