Essa semana a sereia completou 42 anos. Infelizmente não posso dizer que o corpinho é de 25, pois a gula, pecado que nunca me deixou, não contribuiu para isso. Portanto, esses 42 serão num corpinho de 42 mesmo.

Desespero à parte, afirmo que chego feliz aos 42, uma vez que meu cérebro ainda pensa ser um jovem mancebo de 25, que, sendo afoito como todo jovem, às vezes também engasga e quase tem um vislumbre de que já passou dos 40. Claro que continuo enganando o pobre coitado, que, ao menos, vive feliz a sua juventude embalsamada.
E posso ser maldosa ao responsabilizar justamente o que tenho de melhor, que ainda é o cérebro, pelas agruras pelas quais passo aos 42. Mas, quem terá coragem de me contrariar, quando digo que a culpa é do cérebro quando olho no espelho e o rosto que vejo é o da sereia de 25 e não o da mulher de 42? A culpa é dele sim, que me faz viver na ilusão de que não tenho rugas de preocupação (preocupação? nem sei o que é), minha pele não está dando sinais mais que evidentes de flacidez, minha saúde está perfeita (mesmo com a glicemia lá na casa do chapéu) e eu não tenho problemas psiquiátricos (também não precisa me chamar de louca, sou apenas obsessiva/compulsiva e sofro de transtornos de ansiedade e depressão).
Aos amigos que me felicitaram, agradeço de coração todos os votos de paz, saúde, prosperidade e sucesso. Não seria uma eterna Sereia, não fosse a amizade e o carinho de recebo dos amigos.

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