(Escrevi este texto há pouco mais de um mês, e o engavetei, por falta de tempo e pela tristeza do ocorrido. Menos de um mês após perder um dos maiores amigos cães, Chico, meu irmão perdeu seu outro cão amigo, o Júlio. Mesmo não sendo velhinho, ele ficou muito doente, e um tumor lhe tirou a vida. Tudo isso nos entristeceu muito, mas o que fazer? C'est la vie. Para aplacar a dor de mais outra bordoada, meu irmão já resgatou outro cão das ruas: o Branco. Seja bem vindo, amiguinho.)
Ele se foi... Júlio - César ou Iglesias, que foi Tobias, foi Skol, foi sem teto, foi sem dono. Ele se foi...
Em sua curta passagem por nossas vidas, deixou a cada um de nós um olhar de carinho, de amor, de agradecimento.
Era assim o nosso Júlio. E digo nosso, porque assim ele foi recebido.
Era o queridinho, porque realmente era muito querido. Tinha aquele olhar meigo e triste, mas que também demonstrava gratidão.
Gratidão por ter sido acolhido, quando outros o desprezaram, o maltrataram e o abandonaram. Gratidão por ter sido socorrido, quando outros nem lhe notaram. Por ter sido amado, quando ele sequer tinha idéia do que significava amor.
Gratidão por ter sido acolhido no final de sua breve vida. Só hoje percebo que ele, a seu modo, nos agradecia por tê-lo tirado das ruas e lhe dado a oportunidade de mostrar que ele, de fato, era um grande e leal amigo. Saudade de você, "amarelinho". Acho que não aguentou ficar sem o Chicão, e foi lhe fazer companhia no céu dos cachorros.
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